O Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE) celebrou, na tarde do dia 9 de dezembro, a inauguração do auditório Brigadeiro do Ar Miguel Márcio Duarte Martins, ...

Hoje, dia primeiro de março, há 58 anos, uma plêiade de 412 jovens, oriundos dos mais diversos rincões do país, atravessava os portões da Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena, movida pelo ousado sonho de voar. Foram tempos de desafios, dedicação e sacrifício, em que o espírito de perseverança era posto à prova a cada dia.

Guiados pelos valores que moldam o verdadeiro cadete – coragem para enfrentar o desconhecido, lealdade aos irmãos de farda, honra em cada escolha, dever acima dos interesses pessoais e amor incondicional à Pátria – cada um desses jovens entregou-se à missão de servir e proteger.

Ao longo dessa jornada, muitos, por razões diversas, tomaram outros rumos. Mas ainda que não tenham seguido a carreira da aviação militar, levaram consigo o caráter forjado na academia, os laços inquebrantáveis de camaradagem e a disciplina que os tornou líderes em tantas outras frentes de nossa sociedade. Cada um, a seu modo, continuou a honrar os princípios aprendidos, seja no céu, no solo ou em outras missões tão nobres quanto.

No final, 102 desses bravos persistiram até o fim, superando cada obstáculo para, enfim, conquistarem o tão almejado oficialato e tornarem-se aviadores militares. Mas o verdadeiro legado dessa turma não se mede apenas pelos que alçaram voo pelas as asas da Força Aérea, e sim pelo impacto de todos aqueles que, de uma forma ou de outra, continuam a engrandecer a Pátria que um dia juraram servir.

Porque mais do que um destino, voar é um ideal, um compromisso e uma marca indelével na alma daqueles que ousaram sonhar.

Ubiratan Dias José (67-398)